segunda-feira, 2 de março de 2009

O MESMO ENGODO
AS MESMAS RAPOSAS
Cmte. Av. Solano Medina Filho
Lendo reportagem “Ponto de vista” da autoria do administrador Stephen Kanitz, com o título “POLÍCIA E SEGURANÇA”, da Editora ABRIL, edição 1.714, ano 34 – nº 33, de 22 de agosto de 2001, página 22, concordo com alguns pontos abordados, porém...
Sob minha ótica devo enfocar, em princípio, a face elementar, que é o aspecto político no seu nascedouro.
Em todas as campanhas políticas os pretendentes a um determinado mandato iniciam sua jornada com a mesma ladainha, calcados nos 6 (seis) pontos básicos e fundamentais: “Eleitor, se eleito for, melhorarei a saúde, a habitação, o transporte, a educação, a segurança pública e geração de empregos”.
Mentira ! Inverdade, propaganda enganosa.
Ocorre que nunca vi, ou ouvi, qualquer tipo de administração, seja ela Federal, Estadual ou Municipal, melhorar ou inovar condições sócio-econômicas, sem dinheiro e ou sem vontade.
Em vez de gorjear, desfiando em palanques o conhecido e surrado rosário de mentiras, mentiras essas, alicerçadas nos referidos pontos como programa de administração, deveriam os pretendentes a cargos eletivos, fixarem-se em um só ponto de extrema e vital importância e, que é: “GERAÇÃO DE EMPREGOS E OU OCUPAÇÃO DA MÃO DE OBRA”.
Todo e qualquer indivíduo que vive em sociedade, busca ser “cidadão”.
Busca ter qualidade de vida com dignidade e, para tanto, tem que ter assegurado o seu meio de vida, que é o trabalho com vencimentos condizentes.
Para viver dignamente, quem provê uma família, tira seu sustento do seu labor.
Aquele que está empregado, ganhando seu sustento, não se desvia com facilidade das diretrizes de uma sociedade.
Qualidade de vida e dignidade, estão estreitamente ligadas entre si.
O cidadão que tem meios para pagar a passagem do transporte coletivo que lhe leva ao seu trabalho, não furta e nem rouba bicicletas.
O cidadão que tem condição pecuniária para alimentar sua família, não tem necessidade de “arrombar” estabelecimentos comerciais para se suprir.
O cidadão que tem dinheiro para vestir e calçar sua família não “assalta” transeuntes para lhe sacar o seu tênis , seu agasalho e seu dinheiro.
O cidadão que tem haveres, não trafica tóxicos ou faz uso do mesmo a fim de viver fora da nua e crua realidade do seu estado de pobreza, quando não, da extrema miserabilidade em que se encontra, fazendo desta atividade criminosa, seu meio de vida e sustento, salvo algumas exceções.
O cidadão que tem meios para educar seus filhos, agourando dias melhores, não se envolve em atos ou meios ilícitos.
O cidadão que tem recursos para tratar a saúde dos seus, não necessita ficar se humilhado em extensas e infindáveis filas de órgãos públicos a fim de conseguir a doação de um frasquinho de xarope e/ou algumas pílulas que, na maioria das vezes, é o milagroso “cataflan” (bom para mania de perseguição, título protestado, mal de amor, dores lombares, odor de chulé, mau olhado, perda de membros e etc.), não faz movimentos grevistas e quebra-quebras em geral.
Por fim, quando todo e qualquer cidadão que tem assegurado seu trabalho com salário apropriado, vive em paz, dignamente e feliz.
Visto por este ângulo, uma Nação em que todos os seus cidadãos trabalham produtivamente, é um país rico, portanto, melhora-se e inova-se a saúde, o transporte, a habitação, a educação e a SEGURANÇA PÚBLICA.
Com referência a Segurança Pública, terá um sensível e expressivo decréscimo nos índices criminais.
Conclui-se então, que o atual sistema e estrutura em que se assenta a trilogia dos poderes, sua doutrina ideológica e filosófica, encontram-se há algumas décadas em estado de penúria, chegando as raias da condição falimentar.
Urgem mudar-se o tom, palavreado e efetivas ações no que tange a legislação e a execução das propostas e programas sócio-econômicos e político.