quarta-feira, 6 de maio de 2009

FUNDO DO POÇO

FUNDO DO POÇO

Cmt. Av. Solano Medina Filho


Após uma longa, aparentemente, infindável má condução pública, enfim, o Congresso Nacional chegou ao fundo do poço; chegou porque imperou o corporativismo diretamente proporcional ao que se refere à condução de homem público, ética, moral, honestidade e caráter.
Estas condições são objetivas e não subjetivas, portanto, os brasileiros só têm a lamentar outorga que concederão a estes homens como seus representantes.
Porém, ledo engano que o mandato pertence ao partido e não ao candidato eleito.
Volto a dizer, ledo engano, visto que, por analogia, o mandato pertence ao povo, através de cada voto que nada mais é que uma procuração, estes senhores deveriam desempenhar suas funções com dignidade, honradez, moral e excessiva ética a fim de legislar em benefício do povo e não em proveito próprio como tem sido useiro e vezeiro.
Salvo melhor juízo, está na hora do povo revogar algumas (maioria) procurações, num movimento nacional suprapartidário e alijar do Congresso Nacional de uma vez por todas, estes cancros que estão corroendo as entranhas do país em detrimento da maioria esmagadora dos brasileiros, já que, somente uma minoria que compõe a escol é que se beneficia altamente através da corrupção, do ilícito e do imoral dos esforços de toda uma nação.
Sempre fui um dos ferrenhos defensor do regime democrático, da ideologia, doutrina, filosofia e dogma, contudo, ultimamente tenho tido preocupante dúvidas sobre o emprego da democracia em um país, que na sua maioria é semi-escolarizado e sem cultura, decorrendo daí, falta de consciência e entendimento sobre direitos e deveres, público e privado.
Continua a política do “gersinho”, tem que se levar vantagem em tudo, continua a política de dificultar as coisas para se poder vender a facilidade, neste contexto, conclui-se que isso se chama custo Brasil.
Gostei muito das palavras proferidas pelo Excelentíssimo Ministro do Supremo Tribunal Federal, Doutor Joaquim Barbosa quando disse: “saia à rua”.
Se os Congressistas saíssem pelas ruas e conversassem com o cidadão comum, teriam uma visão profundamente abalizada do que pensa atualmente o povo em relação aos poderes da nação com máximo relevo ao Congresso Nacional, no entanto, preferem escutar os “aspones”, “vivandeiras”, psitaciformes de piratas” e “beócios”, tanto internamente como nas famosas bases, quando não, congressista que diz que o povo lá não vai.
Chega-se ao cúmulo de “assessores?” que se amontoam nos gabinetes, provavelmente, quando lá vão, recebem correspondências, principalmente por e-mail, e sequer le e passa para o “chefe”, essencialmente, se forem “criticas, comentários e/ou sugestões”, via de regra, respondem, quando respondem, como “robot” automatizado e dotado de “chip select line” devidamente dimensionado e direcionado para as funções acima mencionadas.
Hoje se tem internet e blog’s, qual não é a surpresa quando determinado político e/ou autoridade em geral se depara com matérias nos formatos de colunas, crônicas e/ou reportagens que seriam de sumo interesse dos referidos, no entanto, seus “assessores?” simplesmente se desembaraçam delas para não deteriorar o dia do “chefe” que tem afazeres mais importantes, diga-se de passagem, “que importante é!”.
Recentemente assistimos algumas medidas e mudanças no Congresso, contudo, medidas parcimoniosas e mudanças tímidas, as quais, no seu transcorrer, recebem tantas modificações que tudo volta a ser como dantes no quartel de Abrantes.
O pronunciamento da sua Excelência Senador José Sarney, Presidente do Senado e ex-Presidente da República, no mínimo, é por demais hilário, considerando que nunca se soube que o subordinado investigasse seu superior de quem recebe ordens para o procedimento investigatório, aqui cabe o blague, rs, rs, rs,rs (rs corresponde a risadas), visto que, só pode tratar-se de uma pilhéria.
De acordo com a Constituição, investigação, mesmo tratando-se do Senado, é de competência do Ministério Público e da Polícia Judiciária, neste caso, Polícia Federal e não como sua Excelência Presidente do Senado quer que seja, pela Polícia do Senado.
Só pode mesmo tratar-se de uma piada e muito engraçada.