quarta-feira, 11 de março de 2009

A MOLÉSTIA DO SÉCULO
Cmt. Av. Solano Medina Filho


TÓXICOS

CONCEITO DE TOXICOMANIA E ENTORPECENTE - Segundo a Organização Mundial da Saúde, toxicomania é um estado de intoxicação periódico ou crônico, nocivo ao indivíduo e à sociedade, pelo consumo repetido de uma droga natural.
A toxicomania apresenta as seguintes características: 1º) Invencível desejo ou necessidade de continuar a consumir a droga e de procurá-la por todos os meios; 2º) tendência para aumentar a dose; 3º) dependência de ordem psíquica ou física em razão de seus efeitos.
As drogas capazes de gerar a toxicomania devem atingir certo índice de perigo individual e social, avaliada sob os seguintes fatores: a) elevado teor de influência sobre o sistema nervoso central, de modo que pequenas doses da droga, bastam para produzir profunda modificação no seu equilíbrio e levem a instaurar-se rapidamente a dependência de fundo orgânico ou simplesmente psicológico; b) importância das perturbações físicas ou psíquicas que se originam de seu reiterado consumo, assim lesando gravemente as pessoas que utilizam e, por via de conseqüência, produzindo dano social.
O conceito de toxicomania abrange não só o vício em entorpecentes, mas também o de outras drogas de efeitos psíquicos que determinam dependência física ou psicológica.
ENTORPECENTES SÃO VENENOS que agem eletivamente sobre o córtex cerebral, suscetíveis de promover agradável ebriedade, de serem ingeridos em doses crescentes sem determinar envenenamento agudo ou morte, mas capazes de gerar estado de necessidade tóxica, graves e perigosos distúrbios de abstinência, alterações psíquicas profundas e progressivas.
As drogas mais conhecidas e consumidas no BRASIL são: MACONHA, HEROÍNA, COCAÍNA, LSD (Ácido Lisérgico), STP (Ácido Letárgico) e, ultimamente, está sendo consumido em grande quantidade o CRACK.
O ser humano criou-se e se desenvolveu ajustado à realidade da terra, a simples procura de realizações alienígenas é sintoma de distorção mental, uma espécie de psicose. Quase todos os dependentes, depois do uso das DROGAS, acordam no outro dia, com certa disposição, mas prontos a ingerir novamente a DROGA para entrar num estado total de alucinação.
A utilização de DROGAS por parte da juventude é bastante intensa. Muitas das vezes o jovem usa a DROGA para fugir de sentimentos de frustração e insegurança. Sente-se inferior aos demais, e assim, procura através das DROGAS se firmar no meio em que vive.
Para a ciência médica o dependente é um “doente”.
Para a sociedade o dependente é “vítima”, quando não,desajustado”.
Para os órgãos de segurança o dependente é um potencial “criminoso”.
Como, e na condição de “doente”, tem que ser tratado, cujo tratamento além de ser dispendioso é lento, paciêncioso; depende de internamento em clínicas especializadas, onde não só se faz a recuperação física, psíquica e orgânica, como também
a recuperação que visa a reintegração do paciente ao seio familiar e social, e isso, é muito custoso no que tange a valores intrínsecos; envolve uma equipe composta de médicos clínicos, sociólogos, psiquiatras, neurologistas, assistentes sociais, nutricionistas e por aí afora. Bem se pode ver que somente uns poucos têm condições para arcar com um tratamento desse porte; o tratamento comum não passa de arremedo, verdadeiro tratamento paliativo e que, conseqüentemente, não impede o retorno do paciente ao vício, a dependência, sendo sua recaída na maioria das vezes “brutal”.
Visto pela ótica da sociedade, enverga as vestes de vítima da evolução desta própria sociedade e com conseqüência de cada vez mais, esta mesma sociedade, ser elasticamente “TOLERANTE”; sabe-se como é difícil manter-se controle sobre filhos, até porque, da maneira como avança a passos largos a evolução da sociedade do homem, este mesmo homem, justifica e vai além da sua capacidade, em um esforço descomunal para prover seus dependentes e principalmente sua cria, daquilo que é existente, com isso, buscando facilitar sua existência; esquece na maioria das vezes que é muito melhor manter um diálogo com exposição, séria e sincera, das condições sócio-econômica e financeira da família, visando expor a impossibilidade de não se poder atender perspectivas, sem que, com isso, prejudique enormemente outras prioridades familiares. A perda das referências sejam elas de ordem moral ou social, com conseqüente desagregação familiar, decorrente das constantes desavenças, fazem com que o indivíduo que se encontra em pleno e franco processo de desenvolvimento e formação, busque a aventura, a ilusão da paz, através da facilidade e admiração por pretensos líderes; estes normalmente exercem um domínio fascinante, por irem ao encontro dos seus anseios, efetuando a troca do “pai herói” pelo amigo “rambo”. Faço plágio aqui dos dizeres de um cartaz afixado nas diversas Delegacias do Departamento da Polícia Federal: “ADOTE SEU FILHO ANTES QUE ELE SEJA ADOTADO POR UM TRAFICANTE”; nada mais simples, porém, nada mais sábio e profundo que esta frase, nela está contida toda uma verdade, toda uma realidade nos nossos dias.
Em geral, os integrantes dos órgãos de segurança, vêm e têm o dependente, potencialmente, como “criminoso”; não podemos reprovar por terem tal concepção, considerando que, na prática todo dependente cedo ou tarde levará outra pessoa, em torno da sua faixa etária, ao uso e dependência do “TÓXICO”. - Tendo necessidade premente de drogar-se, o dependente logo se encontra na condição insolvente, isso porque, vive na maioria das vezes da “mesada” que a família lhe destina e esta logo se torna insuficiente para manter seu vício; inicia então processo de vida através de expedientes que pouco lhe rende; cada vez mais, levado pela premência, começa a atuar como descuidista, primeiro no seio familiar, cometendo pequenos furtos, para logo a seguir, passar a ser “ladrão” no geral e em muita das vezes, chegando ao “latrocínio”.
As autoridades devem combater o uso do tóxico, principalmente aqueles que vendem, os TRAFICANTES. A DROGA faz mal à saúde, à família, a sociedade.
Lamentável que não tenhamos uma retro-estrutura oficial e um programa de esclarecimento e conscientização, visando não só o combate, mais sim, a prevenção, recuperação e reintegração do dependente. Devem ser feitas campanhas e palestras esclarecedoras dos males do uso das DROGAS. O jovem viciado deve ser internado para tratamento; ele não é um criminoso, mas sim, vítima da sociedade, DOS TRAFICANTES e, medidas eficazes e preventivas são os jovens dizerem NÃO ÀS DROGAS.

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