quinta-feira, 26 de março de 2009

Culpa de Quem?

CULPA DE QUEM?
Cmt. Av. Solano Medina Filho

Lendo a excelente matéria do colunista Roberto Pompeu de Toledo, revista Veja, edição 2103 de 11/03/2009, pág. 142, concordo “ipsis literis” com análise e colocações do colunista, porém...
Quero unir-me, uníssono, com o colunista, apenas, ressaltando alguns trechos e colaborando, naturalmente, sob minha ótica.
“...houve uma batalha entre os bons e os podres, e os podres venceram”. Conclui-se então, que a maioria no Congresso Nacional é podre, corrupta, se encontra totalmente putrefata, não tendo mais justificativa de ser um dos poderes da tríade. Pergunto: Extingui-se o Congresso Nacional?
“...Como foi isso acontecer?”. Bem! Roberto Pompeu de Toledo na sua clarividente e transparente análise, responde como isso aconteceu e porque aconteceu, embora, concordando, mais abaixo exponho meu ângulo de visão.
“...o silêncio dos bons”. Pesaroso, muito triste é saber que quando os bons se calam, ainda que, sejam a minoria, deprende-se, que todos comungam e se locupletam com finalidade e manutenção do monopólio e cartel do latifúndio chamado Brasil.
“...era de esperar uma mobilização que,”. Bem! Todo brasileiro espera alguém por o guiso no pescoço do gato, no entanto, espera não ser ele o herói.
“...contaminasse a sociedade com um estrondo de avalanche”. Penso que, a sociedade há muito tempo se encontra contaminada, se bem que, contaminada pela corrupção que se institucionalizou e, como bem diz Roberto Pompeu de Toledo, encontra-se legalizada.
“...porque puseram na cabeça que não podem prescindir dos maus”. Com referência a este trecho, penso que, todas as excelências tiveram contato e se instruíram no livro Os Protocolos Dos Sábios de Sião, visto que, crêem piamente que uma nação necessita da corrupção para poder ter governabilidade.
Novamente digo, lúgubre, triste, muito tétrico, entretanto, responsabilizo diretamente o povo da nação brasileira, visto que, sempre defendi e continuarei defendendo o entendimento que um punhado de pessoas não muda nada, porém, 190.000,000 (cento e noventa milhões) de brasileiros mudam os rumos deste País.
Está contido na Constituição Brasileira, promulgada em 05/10/1988, parágrafo único do art. 1º, “todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.
Ora! Quando o povo brasileiro quis o retorno do estado de direito, da democracia, execrando o “estado de exceção” rotulado como “ditadura militar”, este mesmo povo, manipulado ou não, pintaram suas caras e se lançaram as ruas em todo o país e exigiram o término da abominável “ditadura militar”, com o movimento de nome “diretas já”.
O movimento nacional trouxe de volta a plenitude da democracia na sua vivencia e essência, mudou-se totalmente os rumos do Brasil, então, cabem as perguntas: “Porque este mesmo povo, frente às bandalheiras, maracutaias, privilégios, mordomias, corrupção, crime e por aí a fora, não pintam suas caras e retornam as ruas? Pintem ou não suas caras, retornem as ruas e exijam a punição deste bando de facínoras? Porque não pedem o impeachment de toda esta malta? Porque não exigem que os legisladores elaborem uma lei que preveja que: todo e qualquer político que tenha renunciado ao seu mandato em decorrência de ser julgado e poder ser defenestrado do seu cargo, nunca mais poderá concorrer a qualquer cargo eletivo neste país. Porque, se julgado e condenado, cassando seus direitos políticos apenas por 8 (oito) anos?
Por analogia, salvo melhor juízo, a lei é extremamente rigorosa com funcionários públicos que julgados e condenados, demitidos “a bem do serviço público” nunca mais poderão fazer concurso público, seja, municipal, estadual e/ou federal, no entanto, políticos, verdadeiros malfeitores que detratam o país, interna e externamente, renunciam ou cassados, conforme o caso, podem, se foi renuncia, candidatar-se nas próximas eleições (ocorre de dois em dois anos) ou 8 (oito) anos após a cassação, têm restabelecido todos os seus direitos, podendo eleger-se novamente para dar continuidade à pilhagem insaciável.
BRASIL!
País de dois pesos e duas medidas, decorrente da tolerância, docilidade, servilismo, submissão e omissão do seu povo frente às barbaridades que são cometidas por algumas “bestas” cruéis que habitam o Congresso Nacional.
Em fim! Pelo exposto, a responsabilidade de tudo que está ocorrendo é do povo brasileiro, somente do povo, que se deixa levar por políticas paternalistas, populistas e, pretensamente, protecionistas, mascaradas por programas que trazem no seu bojo a presunção social.

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